Chegaste calada,
Senhora de tudo não viste
As faces molhadas.
Na madrugada, partiste
E levaste
O que, estranhamente, inda existe.
domingo, 30 de outubro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
A casa de subúrbio
Meu amanhecer, eu achava
Que o sol se escondia atrás do muro
Do muro lá de casa.
Uma casa de subúrbio, afastada,
Que não tinha nada
E era um mundo.
Ao crescer alguns segundos,
Percebi que o sol era mais longe
Mais longe do que tudo.
E a casa de subúrbio, afastada,
E que era um mundo,
Converteu-se em nada.
Pulei o muro, corri estradas
Atrás do entardecer desses subúrbios,
Entardecer que me encantava.
Encontrei mundos, uns muito
Outros nada,
Todos cercados por seus muros.
Hoje, ao passar por essa casa,
Como encontrasse um brinquedo esquecido
Esquecido na calçada,
Reencontro um sorriso indefinido
Do futuro que virou passado
Nesta casa de subúrbio.
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