Há um tipo de amor
Que não termina
Transforma-se em ruína
E vai morar no desamor.
Esse amor, que se senta na sala
Bebe cana na cozinha
Arruma as malas
Volta no outro dia
E se cala...
Amor que leva tapa
E desrespeita a autoestima
Que se empapa de aveia
Seca o néctar da alma
Não se acalma nem depois do gozo...
Amor que se sublima
Na forma canina:
Servidão, idolatria...
Uma porra de amor
Que não acaba
Nem quando termina...