(Poesia recuperada do antigo diário das marés)
O teu imenso mar de possibilidades,
corpo,
é saber que tua forma é cotidiana
e que teu sangue pulsa
nas artérias das cidades.
O silêncio acumulado das tardes
— jogado a óleo de máquina em tua cara —
é a tinta com que constróis disfarces —
eterna criança brincando em teu jardim.
E à noite, espalhado pelo quarto,
sorrateiro,
te confortas no abraço
de um cigarro qualquer,
buscando, na fumaça, tua matéria e o teu alento.
corpo,
é saber que tua forma é cotidiana
e que teu sangue pulsa
nas artérias das cidades.
O silêncio acumulado das tardes
— jogado a óleo de máquina em tua cara —
é a tinta com que constróis disfarces —
eterna criança brincando em teu jardim.
E à noite, espalhado pelo quarto,
sorrateiro,
te confortas no abraço
de um cigarro qualquer,
buscando, na fumaça, tua matéria e o teu alento.