Te encontrei, Ana,
Na esquina distraída dos acasos.
Compravas teu cigarro desinteressadamente,
Como se cumprisse a liturgia dos atos pequenos.
Falaste de Londres, da mudança de trabalho,
E o teu pai adoecera no último mês
— nem parece, um dia, repartimos sonhos.
A despedida foi igualmente banal:
Com o desespero estrangeiro das palavras
Trilhamos acenos de caminhos contrários
— folhas caídas que a velha absorta no portão se encarregará de varrer.
10 comentários:
As folhas caem porque a árvore absorve de volta toda a seiva que havia colocado nelas para fortalecer o caule e a raiz. E as árvores perdem todas as folhas no inverno porque guardam a seiva na raiz para a hibernação. Mas concordo que elas chegam ao chão por causa da gravidade. Bjs :)
As folhas caem de proposito, um dia elas acordam e decidem q nao aguentam mais o tedio de passar a vida ali, olhando pra baixo, vendo toda a gente na sua pequenez ir e vir, e entao elas se suicidam caindo da arvore...
heheh Fiquei imaginando a folha lá, pendurada, olhando o movimento. Realmente, que tédio! E gostei do conhecimento científico de Cat. Voltei às minhas aulinhas de ciências. bjs às duas
Elas não caem, apenas exercitam o 'mosh' ao se empolgarem com o canto da passarada...ehehhe
Eu assumo....o comentário acima pois o micro tava logado como fábiuss...eheh (theo)
Querendo queimar o filme do cara, rapá! hehehe Abraço, Theo
tá... estava procurando há dias um poema realmente belo. E eis que o encontro.
Valeu, Virgínia. Elogio de poeta vale em dobro. Inclusive, tou devendo uma visitinha na tua Casa (ando meio sumido da internet). Apareço lá de surpresa. bjs
Texto bom, hein? Caracas, me lembrou uma coisa que li sobre as árvores se apegarem às folhas... não sei onde nem quem escreveu. Minha memória é um lixo... Mas tive a mesma sensação quando li o teu texto. Valeu, monstro.
Bóra, monstro. É rocha. abraço
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