Desta sala, não há saída.
Depois da porta, só há escadas.
Uma descida, uma subida,
Outras portas e mais nada.
Na escada se esquiva,
À boca miúda falada,
O comentário da descida
Do fulano da outra quadra.
Mede-se, na escada,
A relevância das subidas:
Cicrano galgou degraus na vida
Mas beltrana continua desamparada.
E, por falar em vida,
Adeus, sala
— Ávida despedida.
Vou, que me aguardam,
Com sua alma decaída,
O pilotis e suas estradas.
4 comentários:
Muito legal! Gostei desse texto. Beijão
Valeus, Cats. bjs
Muito massa, monstro. É difícil fazer poesia com coisas cotidianas. Esse poema me lembrou alguns de Ângelo Monteiro. Um verdadeiro exercício poético.
Rochedo, monstro. Não sei se chego tão longe, mas vou me esforçando. abraço, meu velho!
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