Chuva fina
Que cai agora
Monocromático cinza
Tempo sem hora.
Não és sina
Nem saudade, nem espanto
Nem sequer poesia.
Apenas um manto
líquido
Sobre a casa vazia.
Chuva fina
Que cai agora
Demora indefinida.
A manhã se desdobra
Em teus braços-neblina.
Na janela vazia
À sombra do vento
Minha alma tardia
Devora o silêncio
Que há em ti,
E só em ti,
Chuva fina que chora
E que cai agora.
Um comentário:
Dá vontade de ficar enrolado na cama!
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