Quando despertar a alta madrugada
Na contramão dos relógios ocupados
Veste em ti o homem insondável
E adentra resoluto as incertezas
Contempla o mistério urdido
No eco das palavras arbitrárias
E como colhesse a erva e o trigo
Arranca do escuro as cores impensáveis
Para compor teu espelho irrevelado
Imagem que furtiva te decifra
Quadro retocado do teu rosto
E rosto e quadro retocados
Ressoa à sombra teu repouso
Na espera e limiar do próximo traço.
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