domingo, 10 de maio de 2020

A liberdade que tardia


Neste sofá, de quarentena

Enquanto passa a pandemia

Vejo a tarde, que vadia

Do horizonte me acena.

 

Tem a tarde essa alegria

E a leveza de uma pena

Pinta o céu de açucena

Como fizesse uma poesia

 

Me alegro com essa cena

Que no céu se avia.

Com a alma mais serena

 

Eu, que triste ia

Embalo agora esse poema:

A liberdade que tardia.


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