quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A casa de subúrbio

Meu amanhecer, eu achava

Que o sol se escondia atrás do muro

Do muro lá de casa.

Uma casa de subúrbio, afastada,

Que não tinha nada

E era um mundo.

 

Ao crescer alguns segundos,

Percebi que o sol era mais longe

Mais longe do que tudo.

E a casa de subúrbio, afastada,

E que era um mundo,

Converteu-se em nada.

 

Pulei o muro, corri estradas

Atrás do entardecer desses subúrbios,

Entardecer que me encantava.

Encontrei mundos, uns muito

Outros nada,

Todos cercados por seus muros.

 

Hoje, ao passar por essa casa,

Como encontrasse um brinquedo esquecido

Esquecido na calçada,

Reencontro um sorriso indefinido

Do futuro que virou passado

Nesta casa de subúrbio.

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom

Theo

Anônimo disse...

André.
tb achei ó.

Malthus de Queiroz disse...

É rocha, galera. uhuuu