quarta-feira, 23 de maio de 2012

Vaga-lumes


Não há por que falar
Sobre os ermos em mim.
A meu respeito, pouco interessa.
Em todo caminho há solidão.

Não há voz que interprete meus voos.
E mesmo se houvesse
Tivera eu a chance de desprezá-la, faria.
Porque meus ouvidos estão cansados
Desses dizeres de abismo
Com que mergulhamos na noite.

Basta-me ser parte nesse instante
E cavalgar, com passos distraídos,
A complexidade de um silêncio
E o espetáculo dos vaga-lumes.

5 comentários:

Catarina de Queiroz disse...

Esse realmente foi muito bom, Malthus. Bjs

Anônimo disse...

André.
Perfeito,

Malthus de Queiroz disse...

Valeu, Cat. Valeu, monstro. abraços.

theocostax@hotmail.com disse...

Se for publicar um livro com seus poemas, esse não pode ficar de fora...

Malthus de Queiroz disse...

Isso significa que já tenho um exemplar vendido? hehehe Valeu, Theo, abraço!