quarta-feira, 30 de maio de 2012

Porta de saída


Logo ali há um silêncio
Bebendo cerveja, fumando pedra,
Acumulando compras, gritando ao vento
— Também há berro no silêncio.

Uma pessoa nula
Uma muda que não vingou
A desesperança compartida nos jantares de família
— Silêncio é maior que a voz antiga.

Logo ali, de mãos dadas com o trivial,
Há um silêncio
Guardando uma porta de saída.


2 comentários:

theo disse...

Muito foda....a sinuosa retidão da muda que vingou tá incrível....vou clipá-la.

Malthus de Queiroz disse...

Podicrer. Ela me fisgou nas Olanda, dia desses. abraço, Theo