quarta-feira, 20 de junho de 2012

Chuva


Chuva fina
Que cai agora
Monocromático cinza
Tempo sem hora.

Não és sina
Nem saudade, nem espanto
Nem sequer poesia.
Apenas um manto
líquido
Sobre a casa vazia.

Chuva fina
Que cai agora
Demora indefinida.
A manhã se desdobra
Em teus braços-neblina.

Na janela vazia
À sombra do vento
Minha alma tardia
Devora o silêncio
Que há em ti,
E só em ti,
Chuva fina que chora
E que cai agora.

Um comentário:

Catarina de Queiroz disse...

Dá vontade de ficar enrolado na cama!